sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O tempo certo

De mim
Ao pouco que sei acrescento o inusitado,
Quero pela metade o que é meu por direito e cogito,
Ou creio magicar no que faço.
É-me difícil negar tamanho refúgio e desvaneço-me sempre que o procuro.
Apago o âmago e transgrido todas as regras do bom senso,
Não importa agora de quem ou até mesmo se há culpa,
Sei-me ali a meio de uma qualquer coisa bonita ou feia,
O lusco-fusco das emoções,
Onde nada jaz em paz.
Não há reciprocidade que alivie o pesar da convenção,
Nem meia altura que sirva para esconder o semblante,
Carregado de triste ideia,
De quem um dia quis demais,
Sem pensar no que viria a ser.
Não digo mentiras, apenas inverdades intercessoras,
Que impedem o sóbrio coração de confessar:
É sedutor.
For how long?



10
O meu número é o 10 e o meu nome é Sandra Coutinho
(a despedir-me desta fase da minha vida)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Desculpa-lá-não-perceber

Pedido em processamento…
É a primeira vez que escrevo tão cedo na manha, prefiro faze-lo à noite quando só estou eu e os meus tormentos.
É a primeira vez que tenho medo de estar em casa sozinha e luto contra o sono. É a primeira vez que te escrevo sem to ocultar. É, metaforicamente falando, a minha primeira vez.
Constipaste-me! Mais um bocadinho de ti em mim.
Puxo, puxo, e agarro…estou a encontrar o fio à meada.
Conseguisse eu perceber estas linhas!...



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quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Basicamente deixou de haver amor.
A chama apagou qual vela fraca...
O vento tanto soprou,
A força maior tão martirizou que o nosso amor fugiu qual suspiro.´
Não te culpo; não me questiono.
Não pretendo tornar este fluir de sentimentos algo light ou fútil.
Só quero que saibas que também se sofre baixinho.
O coração também chora no escuro,
Penso que já não tem força para exteriorizar aquilo que o sufoca.
Sobrevive.




- Por aquilo que um dia foi de dois amantes que trocavam juras de amor bem baixinho.-

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

PLEASE...Remember

O tempo é cruel...
Não me recordo de alguma vez ter pensado no dia de hoje.
Hoje tenho noção que não há um "para sempre". Um afastamento inevitável. Já não crio ilusões, já não desejo um "para sempre", desejo um momento que valha para o resto da minha vida.
Esses tantos momentos que passámos e que me fazem sorrir e desejar voltar ao passado para poder vivê-los com ainda mais intensidade.
Foi o destino que nos juntou, e esse mesmo destino que nos separou, mas que para sempre nos irá unir. Pode até mesmo ser contraditório o que acabei de escrever, mas quantas vezes a vida não é contraditória também? Quantas vezes desejamos estagnar num momento da nossa vida, e ao mesmo tempo temos vontade de avançar, de correr o mundo, de nos encontrarmos?
E cada uma de nós voou, correu, partiu para o desconhecido...e irá um dia alcançar!
Sim, vocês, meus três anjos que estão guardados na minha memória, no meu coração, nas minhas mais belas recordações e lembranças.
Vocês que marcaram um passado, e concerteza continuarão no futuro.
Guardem-me como sempre o souberam fazer. Continuem a fazer-me sorrir, continuem a lutar, a vencer.
E agora, o cliché "perto, ou longe estarei convosco". Como vi ou ouvi em algum lado, os verdadeiros amigos nem sempre são os que estão constantemente ao nosso lado, são aqueles que, mesmo sem sabermos nada deles, sabemos que estão connosco, dentro de nós!

V* L* J* eternamente guardadas!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Put a coin, please!

Insert...
Costumo deitar-me e descansar. Faço agora vida de quem tem que, porque, tem que ser...o corpo pede.
Costumo fechar os olhos e sorrir, porque agora faço vida de quem tem que, porque, tem que ser...o corpo pede.
Costumo. Costumava. Agora por muito que peça... eles não fecham para sorrir, mas sim para servir de cortina. A janela está aberta. Ironia do destino, está de chuva! Quem diria...
Sento-me para fumar. Tudo tosse. Eu também...mas está cá um temporal!
Lavo os dentes e olho-me ao espelho. Sim senhora, com um pouco de uma qualquer invenção dessas que largam tinta mas não pintam até disfarçava! “São as marcas do tempo, sinónimo de sabedoria”...não, no meu caso não.
Esfrego os olhos com ambas as mãos. Corro o resto da cara num movimento leve, mas pouco delicado, uma espécie de não sei o que, mas que já vi num qualquer filme de terror. Na hora de maior angustia. Na hora em que ninguém está por perto. Na hora da solidão. Na hora...Que horas são? Sim, por volta desta hora.
Penso em tudo. Penso em nada. Olha, penso. Penso e vou escrevendo, não vá a memória falhar e esquecer-me do que pensei.
Paro por instantes. Lembro-me daquilo e daquela pessoa. Vai ali, dá a volta. Salto de um lado para o outro. Virilhas, agora. Dizem que é dom. Não sei, vamos lá ver.
Creio-me doida por segundos. Talvez. Só sei que isto é meu.
Manual break...
Não me vou vingar em mim. “deixa!”. Claro, é ela, que se f...”isso não se diz!” e então, isso faz-se?!...
Page break...
É tudo uma questão de Pés.



10 (ou o que resta disso)

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Vida

Hoje acordei com vontade de escrever um Carta Aberta.
Daquelas tão abertas que ninguém consegue questionar a sua veracidade, a sua consistência e sinceridade.
Hoje, decidi gostar de mim.
Deu-me uma canseira mal acordei e para ser sincera a primeira imagem que vi foste tu. Não te vou dizer que gostei de te imaginar ao meu lado, senti, só, pena de mim. Pena da alma tonta e inocente que me tornei.
Transformas-te alguém determinado e cheio de convicção num ser totalmente insignificante, até para si próprio. Esqueci a rotina, os horários, os costumes e o amor próprio.
Hoje, acordo numa cama enrugada, suja, com cheiro a beco e bairro de lata. Sinto-me uma daquelas prostitutas que acordam a meio da tarde completamente ressacadas. A tresandar a álcool e ainda carregada de droga a correr pelo corpo.”Um Jack Daniel’s para a gaja mais corrida!”
Deslizo as ruas desta cidade que cheira a fritos, a fumo e a lixo. Percorro a rua de um lado ao outro, encosto-me a postes, a sinais, a paredes. Vamos seguir a sombra.
Tenho a saia subida de mais e a meia ainda mais rota, já não tenho um bocado da meia intacta. Mas a vida não me tem dado dinheiro para isto. O batom está borratado. O cabelo sujo e sem pentear, já nem se mexe com o vento a bater, não tenho nem pente nem água. O mini top tem um buraco de lado e o casaco por muito sujo que esteja consegue tapar esta alma do frio.
Chove. “Só me faltava mais esta”. Purifica. Purifica a minha dança.
O que eu faço no fundo é uma arte.
Odeio estas ruas, odeio quem me toca. Odeio dançar para lhe dar prazer.
Sou quem Deus sempre quis. Sou mais uma alma que sofre num mundo cruel, frio e imundo.
Levanta. Levanta a cabeça e vai à luta. Preciso de dinheiro para o meu vício. O copo, os cigarros e a minha anestesia estão cada vez mais caros.



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Sit In the Blues - Gabriella Cilmi

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

“ assim assim”…

Como é bom o cheiro da minha cidade.
Gosto da voz da Vânia.
Tenho umas sapatilhas novas.
O que é preciso é ter saudinha,
e subir 108 degraus na serra umas quantas vezes.
Tens a mania de pôr hip-hip enquanto arrumas o quarto.
Hoje conduzi e não tenho carta.
Se soubesses como me aborreço!
Gostava de rever alguns “profs”.
Sábado a noite é minha.
Sábado sou do norte!
“tá claro?”…ai Dna. Helena!
Vi a Mariza.
Como estás?
Assim assim.


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